Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado do Pará

Atleta do basquete vendeu prata olímpica pelo filho

Atlanta (EUA), 1996: o basquete feminino do Brasil realizava uma das maiores façanhas em todos os tempos. A geração comandada por Hortência e Paula, conquistava uma medalha de prata inédita. A pivô daquela equipe se chamava Claudia Pastor.

Normalmente, pivô é a jogadora mais alta e forte do time. Precisa ter grande resistência física e massa corporal, para aguentar trombar com outros jogadores o tempo inteiro – uma caraterística que seria muito importante para Claudia após a carreira de atleta...

Brasil, 2021: a ex-jogadora grava um vídeo para conseguir recursos para cirurgia de um jovem paraense na França – Paulino Noronha. Ele é filho do servidor Augusto Noronha, da comarca de Vigia.

O menino é portador de Hamartoma Hipotalâmico, má formação congênita no hipotálamo que causa crises de epilepsia.  E o SINJEP abraçou a causa, lançando uma campanha nas redes sociais do sindicato para custear sua viagem, tratamento e hospedagem.

Não é a primeira vez em que Claudia Pastor luta contra o hamartoma. O ano era 2016. A ex-jogadora de basquete também faria uma campanha nas redes sociais para conseguir recursos para o tratamento de seu filho, Maurílio. Problema eram crises diárias nas quais quase perdia a consciência e não sabia onde estava. Ela decidiu leiloar a medalha de prata que havia conquistado para o Brasil.

Claudia e o filho Maurílio — Foto: Arquivo Pessoal

O leilão arrecadou R$ 35 mil. Com ajuda de amigos, esportistas e anônimos, Cláudia conseguiu os R$ 100 mil que precisava para a cirurgia. Cinco anos depois, o tratamento de Paulinho também será em Paris, na França, e custará cerca de 200 mil reais.

Todo o esforço valeu a pena.  Aos 19 anos, Maurílio está curado do hamartoma. A doença é um tumor benigno no hipotálamo, uma estrutura importante do sistema nervoso central, responsável pelo controle das emoções e comportamento.

Em geral, as vítimas sentem mal-estar, rigidez muscular e confusão no raciocínio. As crises podem ocorrer várias vezes ao dia. Não há dores, mas há perda de consciência. Ao “retornar”, o paciente não saber onde está, causando sofrimento psicológico pelo constrangimento pessoal e da família.

Doença rara, o hamartoma pode ser tratado. A cirurgia é um procedimento delicado que ocorre numa área de difícil acesso no cérebro, mas devolve o paciente à vida normal. Talvez a principal vitória seja a liberdade de poder estar e andar sozinho como qualquer pessoa, sem o risco de crises.

Depois daquela batalha, Claudia Pastor ingressou no curso de Direito e tenta levar à diante um projeto de assistência jurídica para famílias que precisam de tratamento médico no exterior. Foi assim que ela, Paulinho e SINJEP, se uniram para conseguir outra vitória – algo que não depende só de torcida, mas da ajuda de todos.

SINJEP 36 anos de história, lutas e conquistas!!!

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